quarta-feira, outubro 31, 2007

ultima conversa

Roger diz:
já estou em casa

Roger diz:
eu n pude fazer mais nada, joanita...

Roger diz:
eu só estive na transforma até às 17 h

Roger diz:
workshop em almada até agora

Roger diz:
reenviei os contactos para o henrique, mas já n estava ninguém na transforma

Joana diz:
ok

Joana diz:
e se não houver piano

Joana diz:
posso ir ai sem apresentação?

Roger diz:
porque é que não hás-de apresentar nada?

Roger diz:
claro que podes vir

Roger diz:
eu quero muito que venhas

Joana diz:
porque não há condições para apresentar o que quero.

Joana diz:
a ideia é ir.. ficar em residência e fazer alguma coisa..

Roger diz:
ó joana, eu vou ter que me repetir novamente:
o trabalho com o dogma implica isso mesmo

Roger diz:
que nenhuma catástrofe, por mais estúpida que seja, invalide que "te apresentes"

Roger diz:
eu percebo perfeitamente a postura dos teus amigos

Roger diz:
mas eles recusarem-se a vir (que eu aceito,
a culpa n é necessariamente deles) é completamente anti-dogma

Joana diz:
pensei em fazer uma apresentação do meu projecto.

Joana diz:
uma cena que ja andava a fazer algum tempo.. mas ainda não esta pronta.

Roger diz:
mas eu não "comprei" o teu projecto, joana,
eu convidei-te a apresentares o teu projecto de acordo com as regras do dogma

Joana diz:
é uma cena em vídeo

Roger diz:
eu já te disse isto muitas vezes

Roger diz:
Aos teus amigos n têm culpa, mas isto que está a acontecer
é sintomático de uma coisa: eles n estavam preparados para trabalhar com o dogma

Roger diz:
dependendo da natureza dos projectos,
pode acontecer que alguém do publico se lembre de desligar a corrente eléctrica

Roger diz:
e eles teriam que se haver com isso também!

Roger diz:
porque isso é dogma

Joana diz:
não é o dogma. temos de ser realistas.
ontem tinhamos tudo.. esta semana não temos nada.
há um compromisso!

Roger diz:
isso não é verdade

Roger diz:
só não tens o piano

Roger diz:
tudo o resto tens

Joana diz:
sim, mas sem piano. não faz sentido tar lá o

Roger diz:
é o que te estou a dizer, trabalhar nesse sentido,
em que o projecto depende de coisas como um piano e n de uma ideia, n é dogma

Roger diz:
desculpa eu estar a reforçar este aspecto,
mas é a única coisa que posso fazer neste momento em relação ao projecto

Roger diz:
para proteger o meu projecto e para te proteger a ti também

Joana diz:
o meu projecto não depende de um piano..
depende do meu espectador que por sua vez..
depende de um piano.

Joana diz:
é diferente.

Roger diz:
continuo a dizer-te, joana, que não há nada que, no contexto do dogma,
justifique uma desistência

Roger diz:
a menos que seja falta de compreensão do próprio dogma

Roger diz:
mas isso é outra conversa

Roger diz:
porque nesse aspecto tivemos imensas conversas,
tu fizeste o workshop, eu ajudei-te na tua cena

Roger diz:
a tua folha de sala é isso

Roger diz:
não é mais do que isso

Joana diz:
eu vou. eles não vão.

Roger diz:

tudo bem

Joana diz:
tenho um compromisso com eles que foi quebrado.isso preocupa-me.


Roger diz:
aliás, tudo óptimo


Roger diz:
sendo frio mais uma vez,
estabeleceste com eles um mau compromisso,
em termos meramente dogmáticos

Roger diz:
eu alertei-te para esse facto

Roger diz:
há muito tempo

Roger diz:
tal como alertei a Cristiana quando ela me disse que
queria ter mais 3 pessoas com ela

Roger diz:
tu nunca poderias ter trabalhado com eles nessa perspectiva

Roger diz:
lamento dizer-te isto assim

Roger diz:
não estou a pôr em causa as tuas ideias

Roger diz:
não te convidei para este projecto por acaso

Joana diz:
até posso ter alguma culpa...
mas a maior culpa está na organização..

Joana diz:
nunca se avisa na véspera que não há material.
não se anda aqui a brincar.

Joana diz:
estão pessoas e palavras em jogo

Roger diz:
não está a ser justa, lamento

Roger diz:
estás

Roger diz:
se eu te tivesse dito há duas semanas atrás,
teria acontecido a mesma coisa

Joana diz:
já te enviei o plano a um mês.
era tempo suficiente para saberem se arranjavam as coisas ou não!

Roger diz:

os teus amigos teriam dito que não queriam sem piano


Roger diz:
e mais duas semanas a procurar pianos não garantiriam que ele aparecesse

Roger diz:
desculpa, não posso concordar contigo

Joana diz:
se tivesse sido avisada à duas semanas atrás nem teria tido ensaios.
nada disto deria começado

Roger diz:
mas eles tentaram

Roger diz:
como é normal acontecer

Roger diz:
joana, tu não tens muita experiência nestas coisas,
mas digo-te já que é muito habitual as coisas acontecerem assim

Joana diz:
agora em cima da hora.
não dá para perdoar. porque quem fica mal sou eu

Roger diz:
tens que estar preparada para ultrapassar estas situações

Joana diz:
eu consigo moldar-me.. agora moldar-me e pedir a mais duas pessoas que se moldam..
é muito difícil .

Roger diz:
mas aí é que está joana

Roger diz:
as duas pessoas deviam estar preparadas para se moldarem desde o início!

Roger diz:
e não estavam

Roger diz:
por isso não podes culpar a organização

Joana diz:
:S

Roger diz:
as pessoas deviam estar preparadas para até acharem piada a este sucedido!

Roger diz:
e n o olharem como um entrave

Roger diz:
todo o dogma reforça esta coisa do contexto

Roger diz:
é o contexto que dá forma aos projectos

Roger diz:
e não o contrário

Roger diz:
trabalhámos tanto isto joana...

Joana diz:
fui eu que falhei

Roger diz:
mas n tens que te sentir mal com isso

Roger diz:
vens e trabalhas com isso

Joana diz:
sou sempre eu que falho. nem sei o que ando aqui a fazer.

Roger diz:
e garanto-te que fazes uma apresentação tão solida ou mais que as restantes

Roger diz:
porque eu não assumo isto com falhanços

Roger diz:
não há falhanços nem sucessos no dogma

Roger diz:
tu tens uma coisa fantástica contigo, que eu admiro bastante,
que é a tua capacidade de te moveres e de te empenhares muito nas coisas

Roger diz:
isso é realmente louvável

Roger diz:
mas o dogma pede-te justamente para não tentares ser "melhor"

Roger diz:
lembras-te do "melhor não é necessariamente bom"?

Roger diz:
é isso.

Joana diz:
vou fazer uma performance que nada tem haver com aquilo que ando à procura?

Joana diz:
eu ando a trabalhar com duas pessoas que fazem a minha cena funcionar.

Roger diz:
o que andas à procura precisa de um piano?

Roger diz:
ou o que andas à procura precisa de ti e das tuas ideias?

Roger diz:
não posso admitir que dependas de outras pessoas
e de coisas tecnológicas para fazer valer o teu trabalho

Roger diz:
é que não posso admitir mesmo

Roger diz:
por muito que as pessoas sejam maravilhosas

Roger diz:
e por muito que a tecnologia seja fantástica

Joana diz:
vou falar com eles e digo: foi muito bom enquanto durou..
mas dia 3 vou apresentar outra coisa. não é justo!

Roger diz:
mas tu não vais apresentar "outra coisa"

Roger diz:
não percebo essa separação

Joana diz:
pra mim não.. mas pra eles é.

Roger diz:
tu no dia 3 vais contar a historia do processo, que é o que é justo

Roger diz:
"justiça performativa"

Roger diz:
e o projecto segue

Roger diz:
nomeadamente com eles

Joana diz:
ainda por cima está escrito.. piano | , electrónica |

Joana diz:
qd as pessoas forem lá.. so vão ver corpo

Roger diz:
isso n me preocupa nem um bocadinho

Roger diz:
tu chegas e dizes porque é que aquelas pessoas não estão ali

Joana diz:
isso é a ti. porque tens estofo.. eu não tenho estofo.. nem sou artista.

Joana diz:

sou uma pessoa que tenta vencer na vida..

Roger diz:
por isso é que existe a residência

Roger diz:
e estou lá eu

Roger diz:
a ajudar-vos

Roger diz:
entendes?

Roger diz:
nada é por acaso

Roger diz:
tu não estarás ali sozinha

Roger diz:
mais 5 pessoas a trabalhar o mesmo dogma

Roger diz:
mais eu e um consultor

Joana diz:

Roger diz:
e um documentarista

Roger diz:
claro que vais

Roger diz:
estás a voltar ao dogma, vês

Joana diz:
ok

Joana diz:
vou falar com eles

Roger diz:
e há o meu escritório, aberto ao publico, com montes de informação

Roger diz:
e eu vou introduzir os projectos todos

Roger diz:
lendo partes do dogma

Roger diz:
ou seja, está tudo trabalhado para ser justificado desde o inicio

Roger diz:
mas agora uma coisa à parte

Roger diz:
esta é apenas a primeira fase do projecto

Roger diz:
haverá mais duas, uma em lisboa, outra no porto

Roger diz:
fala com os teus amigos e diz-lhes que tens interesse em continuar o projecto

Roger diz:
e se calhar conbinávamos um encontro colectivo no porto

Roger diz:
(eu vou estar em braga a partir do dia 5)

Roger diz:
e falávamos com calma disto tudo

Roger diz:
porque tenho a sensação muito nitida que eles n têm
noção do que sigfnifica trabalhar com o dogma;
nem têm que ter; eles podem nem estar interessados, o que me parece legitimo

Roger diz:
mas se calhar era bom falar-se de tudo direitinho

Joana diz:
é óbvio que quero continuar com este projecto

Roger diz:
Não esperava outra coisa de ti

terça-feira, outubro 30, 2007







| crise |






segunda-feira, outubro 29, 2007




«O meu corpo não tem as mesmas ideias que eu»


by Roland Barthes




«O gesto interessa-me mais que uma palavra.

Não é verdade que o homem se mexeu ainda antes de falar?»

by Bob Wilson


domingo, outubro 28, 2007

chão, acolhimento, residência


CHÃO um espaço infinito



FOTOGRAFIA | Joana Costa Silva


será o chão o meu tecto acolhedor?

até lá, se verá...

em mini-Residência de

1 a 4 de Novembro
Torres Vedras espera por mim.


certamente um acolhimento diferente.



destaque

dom.28.out.2007

SE7E - PÁGINA 5

Porque o 1º de Janeiro acreditou

Os 3 elementos do "Performar-me a ti" numa
entrevista exclusiva!



LEIAM :)

último ensaio

eu | cadeira

uma relação íntima


eu | procura do não sei


eu | procura de mim


eu procuro por mim...
o R anda à minha procura também...
o Z procura o R

eu volto a procurar-me com base no R...
o R procura por mim...
o Z procura o R..

eu tento encontrar-me com o R e com o Z...
o R procura por mim...
o Z procura o R...






sexta-feira, outubro 26, 2007

segunda-feira, outubro 22, 2007

volto a perguntar:
Porquê procurar?
tudo vem ter comigo...


ao passear os olhos por um livro leio em letras gordas
"Que quer dizer «experimental»? "

já nem me esforço para encontrar... as ideias, as palavras,
os assuntos, até o que não quero vêm ter comigo.

domingo, outubro 21, 2007

meio puro



meio puro | fotografia

a fotografia
é o meio que melhor representa aquilo que digo


performar fotograficamente *

1º acto

1º ensaio

  • 1 acto puro
  • 1 acto forçado
  • 1 acto sentimental

De 3 actos,
o que resultou melhor foi o 1º

(foi livre, experimental (no seu termo mais puro)
e despojado de preconceito)


valorização do

1º acto

é o mais livre

é onde não se encontram ideias pré-concebidas

é o menos pensado

é o mais sentido

é mais performativo

é o mais experimental

é o mais improvisado




já falei de improviso, processo, estados, mas nunca em
experimental

experimental é algo fundado na experiência

experiência
por sua vez,
é um acto ou efeito de experimentar, esta palavra entende-se também como
conhecimento imediato



é aqui que quero chegar!

não a um conhecimento pré-definido, mas sim a algo que nunca cheguei a tocar.

Tocar um conhecimento interno, que vive de grau zero
e que provavelmente toca todos os conceitos de que já falei.

para chegar aqui, é necessário tempo mental *

fotografia | André João Marcos

trio + um


TRIO perfor



R
piano



Z
electrónica


eu
corpo


+ um


joana
fotografia





primeiro encontro


DIA | 20 de Outubro

LOCAL | ESMAI

HORAS | 14H30




fotografia | André João Marcos

sábado, outubro 13, 2007

tudo vem ter comigo

sexta-feira, outubro 12, 2007

O Rogério disse

não confundir "obra aberta" com "obra interactiva".

não se trata se pôr os espectadores a "fazer coisinhas"

para eles pensarem que estão a "participar".

trata-se, isso sim, de RESPONSABILIZAR o espectador por aquilo que está a acontecer,

ao ponto dele poder MESMO mudar o rumo da performance.

dogma 2005: "quem quiser diversão que vá à feira popular,

quem quiser passar um bom bocado que ligue aos amigos,

quem quiser esquecer os problemas lá fora que consulte um psiquiatra".

mas a palavra "certa" já tu a inventaste: "intercriatividade".

um amigo meu (e também criador) inventou "interpassividade".

tudo chega para evitar a abominável (e já tão velha) "interactividade".

o espectador não vai ("interactivamente")

segurar na rede que tu precisas para se caíres não te magoares;

o espectador vai tirar-te a rede, se assim o entender,

para que tu caias e te magoes, ou então para que nem

penses sequer em subir para o trampolim.

(o espectador anónimo)



as coisas vêm ter comigo...
Porquê complicar?


(o terceiro elemento)

o espectador anónimo


o espectador que nao sabe que é

terça-feira, outubro 09, 2007

Obra aberta

OBRA ABERTA
de Umberto Eco


Usamos tantas vezes este expressão "obra aberta" e
muitos não sabem de onde vem.

"Obra Aberta" é um livro que surgiu em meados dos anos 60
e foi escrito por
Umberto Eco.
Apareceu num momento em que a arte europeia assistia
à proliferação de obras de arte indeterminadas, convidando o interprete
a participar activamente na construção final do objecto artístico.


A "poética da obra aberta" vai de encontro ao pensamento do post publicado anteriormente, na medida em que a sua intencionalidade
é possibilitar várias interpretações,
apresentar-se de várias formas,

e cada uma delas, submeter-se ao julgamento do público.

O autor, acredita que Obra aberta
"é aquela que aumenta a entropia da mensagem,
fazendo com que o receptor da mensagem
disponha de inúmeras possibilidades diferenciadas
a partir do universo de escolhas".


Ora, estas possibilidades,
desejo que sejam tocadas pelo espectador,
de modo a torná-lo co-criador.



Tento - vem ter comigo!


Performar-me a Ti
,
enquanto investigação
alguns textos vieram ter comigo...

  • Descobri que existe um conceito intitulado de: INTERcriatividade, que é a junção de interactivo com criativo.
perguntam vocês:
- "o que é que inter-criar tem haver com Performar-me a Ti?"

- TUDO! respondo eu.

Performar-me a Ti, pressupõe:
relação, interactividade e criatividade

Posso não tocar em Ti, mas posso-te contagiar, com o olhar, com o corpo, com a dança, com um gesto.




Interagir com o corpo, mesmo sem tocar é um dos objectivos.
Quero ver, quero sentir o espectador a inter-criar!

A oportunidade é minha, mas é essencialmente vossa.

  • Descobri que a evolução da PERCEPÇÃO HUMANA (Benjamin) desenvolve-se em 3 pontos de viragem: o aural, o da estética e sensibilidade e o da técnico-estética.
Destes 3, apenas os dois primeiros me interessam:

O estádio de percepção aural, (Antiguidade até Renascimento) caracteriza-se por haver uma atitude de distanciamento entre o espectador e a obra.
Aqui, existe contemplação, de um culto que implica culto.

O estádio de percepção estética sensível (Renascimento até Séc. XIX)
caracteriza-se não só pela ideia de culto, mas um culto profano, que procura o belo. A percepção e o belo não se esgotam na experiência sensível, pois há apreensão de valores , há um juízo.


  • É este juízo, que faz do espectador um elemento crítico!
"Por um lado o artista vê o valor expositivo da sua obra, por outro,
sabe que ao fazê-lo está a colocar a peça à apreciação de quem vê,
perdendo valor de culto"

by Cristina Sá


A percepção estética sentivel apela ao juízo!
Quando se fala em juízo, extremeço!
mas não posso.

"descomprimir" é uma das exigências do Dogma 05,

tento relaxar...
tento não pensar...
tento agir...
tento sentir...
tento desmaterializar...
tento mostrar o que de mais puro existe em mim!




em resultado


não em processo,
sim em resultado!




Destaque da semana:

domingo, outubro 07, 2007

sexta-feira, outubro 05, 2007

o espectador

Hoje dia 5 de Outubro de 2007

A oportunidade do "meu espectador" começou.

R

é o meu espectador e é ele o "mentor" do Performar-me a Ti.

eu enquanto autora, deixo-me levar...
e ele deixa-se contagiar...

entre perguntas, esquemas, palavras, música e dúvidas...



Quando o extraordinário aconteceu ele escreveu!


ele sentiu... :)

o espectador, vai dar oportunidade a outros espectadores...




em Processo com...

R
(o espectador co-criador)


ideias soltas...

Fuga de um Grito é processo e simplesmente temos de saber "estar".

como processo não vai terminar aqui...

Em
Performar-me a Ti
vamos precisar de estar em iT,
que para mim é simplesmente estar.

Atenção que Performar-me a Ti é Fuga de um Grito,
mas numa versão dedicada ao espectador.

O espectáculo que não precisa de "ser espectacular", precisa de

grau 0

(depois o público entra)

grau 0 + 1

(o espectáculo começa)

grau 0 + 1 + 1




a verdade

A verdade que só chegou agora

"mais que um trabalho artistico, é quase um trabalho de investigação...
tenta pensar sempre fora do territorio artistico...
a arte vem depois...
a arte é feita pelas pessoas que vêem, n é por ti...
porque se tu te convences que estas a "fazer arte", fazes as coisas com "ar de arte",
e isso é uma seca...

é muito mais giro quando tu te surpreendes com a "artisticidade"
de algo que acabaste de fazer...
como quando escreves qualquer coisa sem pensar e só no fim,
quando lês, é que pensas: olha, escrevi um poema!
porque se fores a escrever com a ideia de vai sair um poema,
é que sai mesmo um poema com "ar de poema",
e isso, joanita, é o que toda a gente já faz!.."

by Roger