sexta-feira, outubro 12, 2007

O Rogério disse

não confundir "obra aberta" com "obra interactiva".

não se trata se pôr os espectadores a "fazer coisinhas"

para eles pensarem que estão a "participar".

trata-se, isso sim, de RESPONSABILIZAR o espectador por aquilo que está a acontecer,

ao ponto dele poder MESMO mudar o rumo da performance.

dogma 2005: "quem quiser diversão que vá à feira popular,

quem quiser passar um bom bocado que ligue aos amigos,

quem quiser esquecer os problemas lá fora que consulte um psiquiatra".

mas a palavra "certa" já tu a inventaste: "intercriatividade".

um amigo meu (e também criador) inventou "interpassividade".

tudo chega para evitar a abominável (e já tão velha) "interactividade".

o espectador não vai ("interactivamente")

segurar na rede que tu precisas para se caíres não te magoares;

o espectador vai tirar-te a rede, se assim o entender,

para que tu caias e te magoes, ou então para que nem

penses sequer em subir para o trampolim.

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